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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Ferramentas Rotativas – Há riscos?


1. Acidentes domésticos com máquinas rotativas

Depois de uma semana de trabalho com segurança, chega o fim de semana, agora podemos nos divertir em família. Entretanto, antes do passeio, podemos fazer uns furos para pendurar a cortina da sala. O que poderia dar errado?

Como sempre, com o foco na prevenção, devemos planejar o serviço caseiro, antes do início das atividades. A ferramenta rotativa mais comum, em casa, é a furadeira, seguida pela parafusadeira (apresenta menos riscos, apenas facilita a montagem e desmontagem de móveis). Outras ferramentas, como esmeril de bancada, ferramenta rotativa de cortar pisos, lixadeira manual, não são tão utilizadas por amadores.

Nesta postagem daremos destaque ao uso da furadeira e quais devem ser os cuidados ao utilizá-la. Simularemos uma situação cotidiana e primeiro pediremos para você apontar os possíveis desvios na cena, em seguida colocaremos os pontos de desvios que identificamos na figura seguinte. Para as demais ferramentas traremos os principais tipos de acidentes e suas consequências.

Finalizaremos com um conselho prevencionista: Na dúvida, pare!

 

1.1 Uso da furadeira

Ao utilizarmos uma furadeira, todo cuidado é pouco. Deve-se observar se a máquina está em boas condições e se a broca utilizada é a correta para o tipo de material a ser furado (alvenaria, madeira ou metal) e as suas condições. Perfurações acidentais ocorrem quando o operador perde o controle da furadeira, principalmente ao iniciar ou concluir o furo. Uma broca pode penetrar profundamente na pele, causando ferimentos graves e até danos a tendões ou ossos. Tem o risco ainda, quando se encontra fios ocultos energizados, que é o caso exemplificado na figura 1.

Na figura 1 temos a simulação de um trabalho doméstico. Tente observar o que está errado na cena, e que na sua visão poderia ser considerado um desvio.

Figura 1 – Trabalho com furadeira no fim de semana. Fonte: Chatgpt


Na figura 2 identificamos alguns pontos fundamentais que poderiam reduzir as chances de acidente. Depois você pode comparar com o que você havia observado como possível desvio.


Figura 2 – Desvios identificados. Fonte: Chatgpt


1.2 Acidentes com ferramentas rotativas e possíveis consequências

Se você não tem familiaridade com a ferramenta rotativa ou desconhece a forma correta de utilização, não faça o serviço. Chame um profissional. Dentre os diversos tipos de acidentes temos alguns mais comuns, mas com variados tipos de consequências. Destacam-se:

- Esmerilhadeiras, lixadeiras e máquinas de cortar piso:

- Possuem lâminas afiadas ou discos abrasivos que podem ferir gravemente o usuário, provocando cortes e lacerações em várias partes do corpo, principalmente mãos e face.

- Fragmentos e faíscas durante o uso destas ferramentas podem atingir os olhos. Como precaução deve-se usar óculos de segurança. Algumas pessoas acabam removendo partes de proteção das ferramentas para conseguir chegar em locais de difícil acesso, o que pode ter consequências graves como o desprendimento do disco e atingimento da face do usuário.

- Fumo metálico ou partículas de poeira podem ser liberadas durante o uso das ferramentas e causar problemas, se inaladas.

- O aquecimento das ferramentas ou das peças trabalhadas podem causar queimaduras no usuário.

Veja as recomendações do fabricante sobre o uso e os equipamentos de proteção individual adequados para cada ferramenta específica.

 

Conclusão

Tenha sempre em mente: “prevenir é melhor que remediar”. Se não sabe usar a ferramenta, faça a coisa certa, chame um profissional capacitado para o trabalho. Para tarefas que você domina, não deixe de pensar previamente no que deve ser feito e o que pode dar errado. Haja com cuidado e responsabilidade. Sua família, espera isto de você. Cuide de você e seja um bom exemplo para eles.


 

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Energia Eólica – Como funciona?

 


1. A Energia Eólica no Brasil

De acordo com o governo federal (Brasil 2022), o Brasil subiu para a sexta posição no ranking internacional de capacidade de energia eólica instalada em terra (onshore) em 2021. É uma posição de grande relevância, no mundo.

Nesta publicação apresentaremos o princípio de funcionamento de um gerador de eletricidade a partir da força do vento, chamado de aerogerador. Traremos algumas considerações sobre os prós e contras do uso desta tecnologia.

Para finalizar, colocaremos o link de um trailer oficial de um famoso filme baseado em uma história real, sobre o aproveitamento do vento para gerar energia elétrica e uma mensagem de esperança em um mundo mais sustentável.

 

1.1   Princípio de funcionamento de um aerogerador

Basicamente, a maneira mais usual de geração de energia elétrica a partir da força do vento é feita com parques eólicos constituídos por várias unidades de aerogeradores com rotores de eixo horizontal, conforme apresentado na figura 1.

Dentro da parte chamada “Nacele” encontra-se o eixo, que transmite o movimento das pás para um sistema multiplicador de velocidade, que é acoplado ao gerador elétrico. Existe nesta estrutura, um sensor de vento que aciona o movimento de rotação em 360 graus, em relação à torre, para buscar a posição de melhor aproveitamento do vento (WINDBOX, 2020). Aqui está um desenho básico de um aerogerador com as principais partes (Figura1):

Figura 1 -Detalhamento de um aerogerador. Fonte: Chatgpt

Cada componente desempenha um papel essencial na geração de energia a partir do vento. Descrição das partes:

- Pás: As pás capturam a energia do vento e giram o rotor.

- Nacele: Contém o gerador e os componentes mecânicos, convertendo a energia rotacional das pás em energia elétrica.

- Torre: Suporta o rotor e a nacele em uma altura ideal para captar ventos fortes.

- Base: Dá estabilidade ao gerador, ancorando a estrutura no solo.


1.1   Prós e contras da energia eólica

Vamos pensar, de forma intuitiva, em alguns benefícios e algumas dificuldades relacionadas à geração de energia eólica (energia gerada pela força dos ventos). Poderíamos pensar como ponto positivo, a existência de áreas com grande frequência de vento, como no nordeste do Brasil. Uma dificuldade a considerar seria o ruído desses equipamentos gigantescos, que pode afetar a fauna local.

Apresentamos, a seguir as considerações dos especialistas na área (AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA, 2023; GLOBAL WIND ENERGY COUNCIL, 2024):

Prós:

- Energia Renovável e Limpa.

- Baixo custo de manutenção.

- Geração de empregos em toda cadeia produtiva: fabricação, logística, manutenção e venda de energia.

Contras:

- Intermitência e dependência do clima.

- Impacto visual e ambiental: poluição visual e perturbação dos ecossistemas locais, como aves migratórias e outros animais.

- Alto custo inicial.

- Ruído e vibração, o que pode perturbar moradores do entorno.

 

Conclusão

A nossa mensagem de esperança e resiliência vem por meio do filme de 2019: “O menino que descobriu o vento” (The Boy Who Harnessed The Wind), disponível na Netflix.

A energia eólica é uma fonte renovável de eletricidade, que se destaca pelo seu baixo impacto ambiental e sua contribuição para a sustentabilidade. O vento é uma fonte inesgotável e amplamente disponível em diversas partes do mundo, é utilizado para gerar eletricidade de forma limpa. Diferente de fontes tradicionais, como os combustíveis fósseis, a energia eólica não emite gases de efeito estufa, nem poluentes, tornando-se uma opção ecologicamente responsável e essencial na transição para um futuro energético mais sustentável.

  

Referências:

Agência Internacional de Energia - Wind – 2023. Disponível em https://www.iea.org/energy-system/renewables/wind. Acesso em 24 de outubro de 2024.

Brasil - Energia eólica - Brasil sobe para a sexta posição em ranking internacional de capacidade de energia eólica onshore. Disponível em https://www.gov.br/pt-br/noticias/energia-minerais-e-combustiveis/2022/04/brasil-sobe-para-a-sexta-posicao-em-ranking-internacional-de-capacidade-de-energia-eolica#:~:text=de%20efeito%20estufa.-,O%20Brasil%20bateu%20recorde%20de%20expans%C3%A3o%20da%20capacidade%20instalada%20de,os%20dados%20referentes%20a%20novembro. Acesso em 23 de outubro de 2024.

GLOBAL WIND ENERGY COUNCIL - Global Wind Report, 2024. Disponível em https://gwec.net/global-wind-report-2024/. Acesso em 24 de outubro de 2024.

Windbox - Componentes dos aerogeradores: conheça toda a sua estrutura, 2020. Disponível em https://windbox.com.br/blog/componentes-dos-aerogeradores/. Acesso em 24 de outubro de 2024.



sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Descubra o Segredo do Equilíbrio Financeiro que Reduz Estresse e Acidentes!


1. Saúde Financeira X Saúde Mental

No livro “Seu Dinheiro ou Sua Vida” (Your Money or Your Life), os autores fizeram um experimento, durante um dos seus cursos para alcançar a independência financeira, com a seguinte pergunta: “ Qual é o valor que você considera que seria o suficiente para você ter uma vida equilibrada financeiramente?” As respostas dos participantes de diferentes camadas sociais tiveram um resultado surpreendente. O que cada um pensa que é o suficiente? Se tiverem oportunidade leiam o livro.

É uma pergunta bem interessante, se pensarmos na nossa situação atual, e se o que geramos de receita hoje, atende às nossas necessidades. Muitas vezes, passamos por transições na vida profissional de forma voluntária, outras vezes não. Como lidar com as mudanças? O que significa a saúde financeira de uma família?

Nesta publicação vamos conversar sobre como as pessoas, de uma forma geral, lidam com o dinheiro e como essa relação com o dinheiro pode afetar a sua saúde mental, trazendo estresse e riscos de acidentes dentro e fora do trabalho.

Nosso foco é na prevenção, e por isso, traremos algumas situações reais do dia a dia, que você provavelmente já vivenciou em sua jornada, tanto dentro quanto fora das empresas. Não existe mágica: “O dinheiro é limitado, e precisamos aprender a administrá-lo com sabedoria.”

 

1.1 Redução de padrão de vida e aumento do estresse

Pensemos nesse caso: O empregado tinha uma condição de renda que permitia manter os filhos em boas escolas, além de muitos benefícios na empresa. Entretanto, após alguns anos de sucessivas crises, o salário já não era mais suficiente para manter as condições que proporcionava para a família.

Com isso, começou a se endividar com empréstimos, parcelamento do cartão de crédito, pedido de dinheiro a familiares e amigos. Este personagem chegou a um nível de estresse tão grande que não conseguia trabalhar, cruzava os braços sobre a mesa, colocava a cabeça em cima e escrevia um aviso para não ser incomodado: “Não estou dormindo, estou com enxaqueca.” Ver a figura 1.

Este querido colega de trabalho só reverteu a sua situação a partir do momento que se organizou, reduziu as despesas, cortou o cartão de crédito e assumiu um padrão de acordo com a nova realidade. Sua enxaqueca nunca mais voltou.

 

Figura 1 – Enxaqueca crônica. Fonte: Chatgpt.


1.2 De volta ao começo

Imaginemos, um assalariado que possuía um bom rendimento, e que teve um revés, e acabou perdendo o emprego, depois de uma greve. Como alternativa, o personagem pensou em voltar ao emprego anterior, que havia deixado espontaneamente. Acabou conseguindo. Só que a realidade naquele momento era outra, seus colegas estavam ganhando bem mais que ele e para não se sentir diminuído, começou a fazer horas extras quase todo final de semana para sentir-se no mesmo patamar. Teria sido a melhor solução?

Teve uma condição de rendimento maior, às custas de ter perdido muitos momentos de lazer com a família. É preciso pensar melhor sobre as nossas escolhas. Veja a figura 2. 


Figura 2 – Jovem no trabalho. Fonte: Chatgpt.


1.3 Trabalho extra ou estudar para alcançar renda melhor

Uma outra situação, que serve para entender a nossa relação com o dinheiro. Um profissional acabou de concluir o seu curso superior e começou a prestar concursos, já na primeira tentativa, ficou muito próximo da classificação para a vaga, seu colega também passou perto. Na segunda tentativa, o personagem, que chamaremos de João, não conseguiu. O seu colega decidiu fazer um curso preparatório. Desanimado, João buscou gerar renda extra dando aulas à noite, enquanto o seu colega foi para outra cidade se preparar. Após dois anos, o seu colega passou no concurso que dobrou o salário e João não conseguiu e ficou por mais alguns anos dando aulas à noite. Ver a figura 3.


Figura 3 – Jovem professor e o dilema entre dar aulas ou se preparar para um concurso. Fonte: Chatgpt


Conclusão

A vida é repleta de escolhas, e por isso é fundamental termos uma base sólida, com uma educação financeira de qualidade. Isso nos permite não apenas aproveitar o que o dinheiro pode proporcionar, mas também valorizar nosso tempo livre, com energia e saúde.

Excesso de trabalho pode aumentar o estresse, gerar doenças e diminuir a concentração, ocasionando acidentes.

Na série da Netflix, “Como Ficar Rico” (How to Get Rich), o apresentador Ramit Sethi traz várias histórias reais de como as pessoas não se dão conta da melhor forma de lidar com o dinheiro. A pergunta chave da série é: “Nós controlamos o dinheiro ou ele nos controla? A grande lição da série não está em quanto dinheiro você tem, mas em como você o utiliza. É isso que realmente faz de você uma pessoa rica.

Para finalizar, vamos descontrair, com duas músicas que falam sobre a relação com o dinheiro e persistência, do extraordinário “Raul Seixas”: “Ouro de Tolo” e “Tente Outra Vez.

 

Trecho de “Ouro de tolo” de Raul Seixas:

“Eu devia estar contente

Porque eu tenho um emprego

Sou o dito cidadão respeitável

E ganho, quatro mil cruzeiros por mês

Eu devia agradecer ao Senhor

Por ter tido sucesso na vida como artista

Eu devia estar feliz

Porque consegui comprar um Corcel 73....

.... Porque foi tão fácil conseguir

E agora eu me pergunto: E daí?

Eu tenho uma porção

De coisas grandes pra conquistar

E eu não posso ficar aí parado....

É você olhar no espelho

Se sentir um grandessíssimo idiota

Saber que é humano, ridículo, limitado

Que só usa 10% de sua cabeça animal...”

 

Trecho de “Tente outra vez” de Raul Seixas:

“Veja

Não diga que a canção está perdida

Tenha fé em Deus, tenha fé na vida...

Tente outra vez

Beba (beba)

Pois a água viva ainda tá na fonte (tente outra vez)

Você tem dois pés para cruzar a ponte

Nada acabou, não, não, não, oh....

... Queira (queira)

Basta ser sincero e desejar profundo

Você será capaz de sacudir o mundo

Vai, tente outra vez...”


quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Coco verde: é a chave para uma saúde melhor e um planeta sustentável, ou não?

 


1. Coco verde: herói ambiental ou vilão oculto?

Estávamos caminhando na orla da praia, quando paramos para tomar uma água de coco, diretamente do coco verde. Não há nada mais refrescante e saudável, não é mesmo? Naquele mesmo dia, quando voltávamos da caminhada, percebemos que havia um caminhão de lixo comum, coletando dezenas de cocos recém consumidos. Aí veio uma questão: Será que não daria para aproveitar esse tipo de resíduo?

Com a simples observação de cenas rotineiras, pode-se identificar problemas ocultos, oportunidades de negócios e se perguntar: alguém está pensando a mesma coisa?

A curiosidade foi aguçada e fomos buscar informações sobre o assunto. Nesta publicação vamos falar sobre os: benefícios do consumo da água de coco “in natura”; os subprodutos do coco verde; por qual motivo o resíduo do coco verde não aproveitado pode ser um problema ambiental e de saúde pública, e para finalizar; o que você pode fazer para reduzir esse impacto ambiental e ao mesmo tempo melhorar a sua saúde.

 

1.1   Benefícios

Além do prazer de beber a água fresquinha e doce, também podemos comer a polpa. Dentre os muitos benefícios encontrados no coco verde (OBA HORTIFRUTI, 2024; GONÇALVES, 2021), destacam-se:

- Excelente fonte de potássio, nutriente responsável pela saúde cardiovascular.

- Presença de manganês, que ajuda a melhorar o metabolismo, fortalece os ossos, evita cãibras.

- Ação anti-inflamatória.

- Proporciona a saciedade.

- Ajuda no controle de diabetes e colesterol.

- Ajuda a controlar o peso.

- O efeito antioxidante da água de coco, ajuda a combater os radicais livres.

- Presença de nutrientes, como: potássio, cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B.

- Excelente para hidratação em função do alto teor de eletrólitos.

Na figura 1, é apresentado um coqueiro anão em plena produção. É só atravessar a rua e colher.

Figura 1 - Coqueiro em frente de casa. Fonte: Acervo próprio.


1.2   Subprodutos

Compartilhamos a diversidade de subprodutos que podem ser obtidos a partir do coco verde (SEBRAE, 2016; OBA HORTIFRUTI, 2024; MARAFON et al, 2019). O mais comum é simplesmente consumir a água, ou fazer sucos ou drinques. A polpa nem sempre é consumida, mas pode ser aproveitada “in natura” ou para fazer sorvetes ou outras receitas doces e salgadas.

Além da água e a polpa do coco verde, destacamos os seguintes subprodutos mais conhecidos:

- Casca – podem ser usadas para a geração de energia térmica pela sua queima sem transformação, ou para fabricar briquetes, carvão vegetal e bio-óleo.

- Fibra da Casca - usada para fabricar cordas, tapetes, vasos, palmilhas, colchões, substratos para plantas e materiais biodegradáveis, entre outros produtos.

- Farinha de Coco – utilizada na indústria alimentícia.

- Composto Orgânico (Adubo)

- Óleo de Coco Verde – usado na indústria de cosméticos e alimentos.

Na figura 2 temos um coco recém-aberto, após o consumo da água. Percebe-se uma grossa camada de polpa. Não é um trabalho fácil para ser feito em casa, devido a dureza e grande umidade do coco verde, exceto se você tiver um facão e local apropriado para abri-lo, sem risco.

Figura 2 – Dificuldade para abrir o coco verde. Fonte: Acervo próprio.


1.3   Por que se incomodar com o descarte incorreto do coco verde?

Quando os cocos verdes acabam ficando espalhados pelas praias, ou nas calçadas, acabam virando focos de vetores, como insetos e roedores, e ninguém quer isso, não é mesmo? Então o que fazer para que tenham a destinação correta?

Os grandes fabricantes, que industrializam o produto acabam fazendo a reciclagem da casca do coco, por ser sua obrigação como grande gerador de resíduos. O problema aparece quando os cocos são enviados para diversas partes do país, que não possuem infraestrutura para lidar com esse tipo de resíduo, que acaba indo para os aterros sanitários, levando em torno de 10 anos para se decompor, com o agravante de ser um resíduo pesado, redondo e resistente, dificultando o transporte armazenamento e compactação.

Foi promulgada a Lei federal 14.975, de 18 de setembro de 2024, que Institui a Política Nacional de Incentivo à Cocoicultura de Qualidade, com isto, pode ser que seja pensada de forma circular este tipo de atividade, reduzindo os impactos negativos ao meio ambiente.

Conclusão

Vimos no item “1.2 - Subprodutos”, a diversidade de usos para o coco verde. Entretanto, o mais comum é consumir apenas a água. Se você aprecia o sabor da polpa, e pedir para o vendedor abrir e consumi-la na hora, terá um duplo benefício: a) a polpa tem alto valor nutritivo, além disso ao comê-la terá uma sensação de saciedade; b) ao dividir o coco ao meio para extrair a polpa, reduz-se o peso do resíduo e facilita a sua prensagem, mesmo que vá para a coleta, junto com o lixo comum.

Por meio dos vídeos dos links selecionados (link 1:Aproveitamento da casca do coco verde; link 2: Máquina para processamento de cascas de coco verde; link 3: Empresário investe no uso da casca do coco como adubo orgânico , é possível conhecer o processo básico de reaproveitamento da casca de coco verde com poucos equipamentos e produzir pó e fibra de coco, que pode ser utilizada na produção de adubo orgânico e produção de peças de artesanato, acessórios diversos e vasos que substituem o xaxim.

Segue o link do vídeo da música Coco Verde, de Tarcísio Sardinha e Flávio Paiva, como uma singela homenagem a todos que de alguma forma, participam do ciclo de produção, consumo ou descarte do coco verde.

 

Referências:

Marafon, et al. - Aproveitamento de cascas de coco para geração de energia térmica: potencialidades e desafios – Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2019. Disponível em https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/210127/1/DOC-234.pdf. Acesso em 02 de outubro de 2024.

Oba Hortifruti - Coco Verde: sugestões para consumir a fruta por inteiro, 2024. Disponível em https://www.obahortifruti.com.br/blog/post/coco-verde-sugestoes-para-consumir-a-fruta-por-inteiro. Acesso em 01 de outubro de 2024.

Gonçalves, Fabiana – Viva bem Uol - Da água à polpa: coco sacia e melhora ação do intestino; veja 6 benefícios, 2021. Disponível em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/02/beneficios-do-coco.htm. Acesso em 02 de outubro de 2024.

Sebrae – O cultivo e o mercado do coco verde, 2016 Disponível em https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-cultivo-e-o-mercado-do-coco-verde,3aba9e665b182410VgnVCM100000b272010aRCRD. Acesso em 03 de outubro de 2024.


Água Segura e Sustentável: Diga Não ao Plástico

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