1. Parques e parquinhos: Perigos ocultos.
É muito agradável poder
compartilhar bons momentos num domingo no parque com as crianças, com brinquedos
simples, como: gangorra, balanço, escorregador, argolas, tudo muito bom. O que
pode dar errado? Ainda temos a oportunidade de brincar em parques itinerantes
que chegam à nossa cidade com diversas atrações, tais como: mini
montanha-russa, carrosséis e outros brinquedos giratórios. Tudo muito
agradável. O que pode dar errado?
Vamos refletir um pouco.
Se até em parques famosos nos grandes centros urbanos, houve acidentes fatais,
o que pode estar acontecendo nas pequenas cidades e bairros de todo país que
nem chegam a virar notícia?
O primeiro e maior
interessado no bem-estar e integridade do seu filho, é você, portanto tenha uma
visão crítica dos ambientes que frequenta com o seu filho e visualize os
possíveis riscos, mesmo nos momentos de lazer.
Nesta edição vamos trazer
alguns casos de acidentes em parques e parquinhos, apresentar algumas dicas de
especialistas para evitar acidentes e finalmente deixar uma mensagem de boas
festas, com alegria e otimismo para você e sua família.
1.1 Acidentes
A princípio, os
parquinhos dão uma maior sensação de segurança, por terem brinquedos mais simples,
não envolver eletricidade e por você poder estar por perto, o tempo todo,
monitorando o seu filho. Mesmo assim, acidentes acontecem.
Segundo a ONG “Criança
Segura”, que lançou a campanha “Quero meu parquinho seguro”
em conjunto com o site “Papo
de Mãe”, os parquinhos não são locais tão seguros assim. Esta
ONG divulgou dados do Ministério da Saúde, segundo os quais aproximadamente 4
mil crianças, de até 14 anos, foram internadas no Sistema Único de Saúde (SUS) em
função de quedas dentro de parquinhos. Entre 2008 e 2013, foram computados 18
casos fatais.
Em relação aos parques de
diversões, parece que não há uma centralização das informações dos acidentes,
entretanto, encontramos alguns registros de casos ocorridos no Brasil, entre
2023 e 2024, destacados a seguir:
- “Em Santo Ângelo, no
Rio Grande do Sul, uma
mãe e uma filha ficaram feridas após a cadeira do brinquedo Sking Dance
cair na base do parque.” Gaúcha ZH – 2024.
- “Em Recife, Pernambuco,
uma mulher
ficou gravemente ferida após ser arremessada do brinquedo Wave Swinger,
que é semelhante a um chapéu mexicano.” CNN Brasil – 2023.
- “Homem é atingido por brinquedo
em parque de diversões no interior de SP.” CNN Brasil – 2024.
Outros casos divulgados
pela mídia:
- “Acidentes
em parques
infantis põem em risco a vida de crianças.” G1.globo.com
– 2016.
- “Falta de normas que
fiscalizem parques
são as principais causas de acidentes, diz Ipem.” R7
– 2011.
1.2 Dicas
dos especialistas
No caso dos parquinhos,
existe uma norma específica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
que trata do tema, é a Norma 16071 com o título geral: “Playgrounds”.
Ela define os requisitos de segurança, além de cuidados para inspeção,
manutenção e utilização, entre outras coisas.
Segundo a ONG “Criança
Segura”, alguns cuidados básicos devem ser observados antes
de permitir que seu filho comece a brincar, você deve observar se os cantos dos
brinquedos estão arredondados, se existem roscas de parafusos salientes, entre
outros pontos de possíveis riscos de acidente.
Outros cuidados podem
ajudar, se você observar: correntes enferrujadas, parafusos frouxos, farpas de
madeiras, cordas desgastadas, possibilidade de queda (verificar se o solo é adequado
e se não há pedras ou madeiras espalhadas no chão). Crianças brincando num
parquinho seguro (figura1).
Figura 1 – Crianças brincando num parquinho seguro.
Fonte: ChatGPT
(2024).
Para utilização de parques de diversões, com segurança,
segundo o site “Férias
Vivas” deve-se observar:
- Se o parque tem alvará de funcionamento
e certificação dos bombeiros.
- Se os brinquedos indicam altura e pesos
mínimos e máximos dos visitantes.
- Se há orientação de como o visitante
deve se comportar no brinquedo.
Algumas dicas do site “Sacred
Heart”:
- Cuidado com o
calor – evite a desidratação ou insolação – beba água.
- Fique atento ao seu
entorno – atenção com pessoas correndo de um brinquedo para outro,
carrinhos de bebês, e scooters de mobilidade.
- Fique longe de áreas
restritas.
- Obedeça às
restrições de segurança.
- Conheça seu
histórico médico.
- Fique sentado - Muitos
parques temáticos de alto nível tiveram que lidar com ferimentos horríveis ou
até mesmo fatalidades porque um visitante se levantou durante um brinquedo para
tentar obter uma emoção extra.
- Cuidado com a cabeça
- Montanhas-russas de alta velocidade frequentemente fazem sua cabeça girar.
Mantenha-se firme no assento, com as costas retas.
Temos a seguir a figura 2, de um lindo carrossel com as
crianças de divertindo descontraidamente.
Figura 2 – Lindo carrossel. Fonte: ChatGPT
(2024).
Conclusão
Por mais que busquemos
momentos de descontração em família, devemos manter a vigilância e orientar as
crianças e jovens para ter uma visão crítica dos riscos iminentes em cada
ambiente que frequentarem.
Os especialistas deram as
dicas e nunca é demais atentar para situações de precariedade de instalações e
procedimentos em parque e parquinho que frequentamos.
Desejamos que todos
tenham grandes momentos em família e possam realizar grandes coisas no ano novo
que se aproxima. Segue para reflexão uma frase do livro do contista, novelista,
romancista e diplomata, Guimarães
Rosa:
“Viver é muito perigoso” Guimarães
Rosa, autor do livro: Grande Sertão, Veredas.