Seguidores

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Parques e parquinhos. Nossas crianças estão seguras?

 


1. Parques e parquinhos: Perigos ocultos.

É muito agradável poder compartilhar bons momentos num domingo no parque com as crianças, com brinquedos simples, como: gangorra, balanço, escorregador, argolas, tudo muito bom. O que pode dar errado? Ainda temos a oportunidade de brincar em parques itinerantes que chegam à nossa cidade com diversas atrações, tais como: mini montanha-russa, carrosséis e outros brinquedos giratórios. Tudo muito agradável. O que pode dar errado?  

Vamos refletir um pouco. Se até em parques famosos nos grandes centros urbanos, houve acidentes fatais, o que pode estar acontecendo nas pequenas cidades e bairros de todo país que nem chegam a virar notícia?

O primeiro e maior interessado no bem-estar e integridade do seu filho, é você, portanto tenha uma visão crítica dos ambientes que frequenta com o seu filho e visualize os possíveis riscos, mesmo nos momentos de lazer.

Nesta edição vamos trazer alguns casos de acidentes em parques e parquinhos, apresentar algumas dicas de especialistas para evitar acidentes e finalmente deixar uma mensagem de boas festas, com alegria e otimismo para você e sua família.

 

1.1   Acidentes

A princípio, os parquinhos dão uma maior sensação de segurança, por terem brinquedos mais simples, não envolver eletricidade e por você poder estar por perto, o tempo todo, monitorando o seu filho. Mesmo assim, acidentes acontecem.

Segundo a ONG “Criança Segura”, que lançou a campanha “Quero meu parquinho seguro” em conjunto com o site “Papo de Mãe”, os parquinhos não são locais tão seguros assim. Esta ONG divulgou dados do Ministério da Saúde, segundo os quais aproximadamente 4 mil crianças, de até 14 anos, foram internadas no Sistema Único de Saúde (SUS) em função de quedas dentro de parquinhos. Entre 2008 e 2013, foram computados 18 casos fatais.

Em relação aos parques de diversões, parece que não há uma centralização das informações dos acidentes, entretanto, encontramos alguns registros de casos ocorridos no Brasil, entre 2023 e 2024, destacados a seguir:

- “Em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, uma mãe e uma filha ficaram feridas após a cadeira do brinquedo Sking Dance cair na base do parque.” Gaúcha ZH – 2024.

- “Em Recife, Pernambuco, uma mulher ficou gravemente ferida após ser arremessada do brinquedo Wave Swinger, que é semelhante a um chapéu mexicano.” CNN Brasil – 2023.

- “Homem é atingido por brinquedo em parque de diversões no interior de SP.” CNN Brasil – 2024.

Outros casos divulgados pela mídia:

- “Acidentes em parques infantis põem em risco a vida de crianças.” G1.globo.com – 2016.

- “Falta de normas que fiscalizem parques são as principais causas de acidentes, diz Ipem.” R7 – 2011.

 

1.2   Dicas dos especialistas

No caso dos parquinhos, existe uma norma específica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que trata do tema, é a Norma 16071 com o título geral: “Playgrounds”. Ela define os requisitos de segurança, além de cuidados para inspeção, manutenção e utilização, entre outras coisas.

Segundo a ONG “Criança Segura”, alguns cuidados básicos devem ser observados antes de permitir que seu filho comece a brincar, você deve observar se os cantos dos brinquedos estão arredondados, se existem roscas de parafusos salientes, entre outros pontos de possíveis riscos de acidente.

Outros cuidados podem ajudar, se você observar: correntes enferrujadas, parafusos frouxos, farpas de madeiras, cordas desgastadas, possibilidade de queda (verificar se o solo é adequado e se não há pedras ou madeiras espalhadas no chão). Crianças brincando num parquinho seguro (figura1).


Figura 1 – Crianças brincando num parquinho seguro. Fonte: ChatGPT (2024).


Para utilização de parques de diversões, com segurança, segundo o site “Férias Vivas” deve-se observar:

- Se o parque tem alvará de funcionamento e certificação dos bombeiros.

- Se os brinquedos indicam altura e pesos mínimos e máximos dos visitantes.

- Se há orientação de como o visitante deve se comportar no brinquedo.

Algumas dicas do site “Sacred Heart”:

- Cuidado com o calor – evite a desidratação ou insolação – beba água.

- Fique atento ao seu entorno – atenção com pessoas correndo de um brinquedo para outro, carrinhos de bebês, e scooters de mobilidade.

- Fique longe de áreas restritas.

- Obedeça às restrições de segurança.

- Conheça seu histórico médico.

- Fique sentado - Muitos parques temáticos de alto nível tiveram que lidar com ferimentos horríveis ou até mesmo fatalidades porque um visitante se levantou durante um brinquedo para tentar obter uma emoção extra.

- Cuidado com a cabeça - Montanhas-russas de alta velocidade frequentemente fazem sua cabeça girar. Mantenha-se firme no assento, com as costas retas.

Temos a seguir a figura 2, de um lindo carrossel com as crianças de divertindo descontraidamente.


Figura 2 – Lindo carrossel. Fonte: ChatGPT (2024).


Conclusão

Por mais que busquemos momentos de descontração em família, devemos manter a vigilância e orientar as crianças e jovens para ter uma visão crítica dos riscos iminentes em cada ambiente que frequentarem.

Os especialistas deram as dicas e nunca é demais atentar para situações de precariedade de instalações e procedimentos em parque e parquinho que frequentamos.

Desejamos que todos tenham grandes momentos em família e possam realizar grandes coisas no ano novo que se aproxima. Segue para reflexão uma frase do livro do contista, novelista, romancista e diplomata, Guimarães Rosa:

 

Viver é muito perigosoGuimarães Rosa, autor do livro: Grande Sertão, Veredas. 


sábado, 14 de dezembro de 2024

Pilhas e Lâmpadas: Você Está Perdendo Dinheiro Sem Saber?

 


1. Pilhas e Lâmpadas – Sustentabilidade e Economia

Estamos nos aproximando das festas de fim de ano e podemos compartilhar fotos de grandes arvores de Natal coloridas e bem iluminadas. Com o avanço da tecnologia conseguimos ter efeitos muito variados com um custo bem inferior, se comparado com as tecnologias anteriores.

Nesta postagem, vamos refletir sobre como lidamos com pequenos gastos domésticos que passam despercebidos. Estamos dando destaque ao uso de lâmpadas e pilhas mais eficientes. Se você pode reduzir o consumo de lâmpadas e pilhas pela escolha de produtos mais eficientes, por que não o fazer?

Faremos uma comparação do gasto estimado de uma família, com o uso de tecnologias menos eficientes, e utilizando as mais eficientes, além da respectiva quantidade de resíduos gerados, em cada caso, para um período de dez anos.

 

1.1   Principais pilhas e lâmpadas de uso doméstico

No uso doméstico é comum a utilização de lâmpadas Fluorescentes Compactas Eletrônicas (FCE) ou lâmpadas de LED (Light Emitting Diodes). As lâmpadas incandescentes foram substituídas pelas lâmpadas fluorescentes, que agora estão sendo substituídas pelas lâmpadas de Led, mais eficientes e duráveis.

No caso das pilhas, temos três opções mais usadas: pilhas comuns, pilhas alcalinas e pilhas recarregáveis. As pilhas comuns têm menor duração e são as mais baratas, as pilhas alcalinas chegam a ter duração dez vezes maior que as comuns, e as pilhas recarregáveis têm duração equivalente ou próxima à das pilhas alcalinas, só que permitem a reutilização após recarga por centenas de vezes, alguns fabricantes garantem até mil recargas.

Na figura 1 são apresentadas lâmpadas e pilhas mais populares. Em sequência, vemos, uma lâmpada incandescente, uma fluorescente compacta (espiral) e uma de led. Temos ainda uma luminária abajur de tomada (de baixíssimo consumo), uma lâmpada de embutir de 3 leds, uma bateria de 9 V, uma de 3V (usada em balança), uma pilha de 12 V (usada em controle remoto de portão eletrônico), pilhas tipo palito (AAA) comuns, pilhas pequenas (AA) alcalinas e recarregáveis.


Figura 1 – Pilhas e lâmpadas populares. Fonte: Acervo próprio.

 

1.2   Comparativo entre as lâmpadas

Considerando que praticamente não se usam mais as lâmpadas incandescentes comuns, vamos limitar a nossa comparação entre as lâmpadas de LED (Light Emitting Diodes) e as lâmpadas Fluorescentes Compactas Eletrônicas (FCE). Para efeito didático vamos transcrever a avaliação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) comparando os três tipos de lâmpadas:

“As LED podem durar, dependendo do modelo, pelo menos vinte e cinco vezes mais do que as lâmpadas incandescentes e quatro vezes mais do que as fluorescentes compactas.”

A partir desta constatação do Inmetro, notamos uma economia na quantidade de lâmpadas consumidas em um mesmo período de uso. Dessa forma compraremos apenas uma lâmpada de Led ao invés de quatro lâmpadas fluorescentes compactas. Além disso, o desempenho de uma lâmpada de Led é superior (uma lâmpada de Led de 9 W, equivale a uma lâmpada Fluorescente Compacta Eletrônica – FCE – de 16W de potência) conforme podemos observar na figura 2.


Figura 2 – Informações na embalagem da Lâmpada. Fonte: Acervo próprio.


No quadro 1, identificamos a economia gerada pela utilização de lâmpadas LED, ao invés de lâmpadas FCE, além de gerar menos descarte, sendo, portanto, mais sustentáveis. No período considerado (10 anos) evitamos a compra e trocas frequentes de lâmpadas FCE.


Quadro 1 – Economia financeira e redução de descarte de lâmpadas. Fonte: Autoria própria

1.3 Comparativo entre pilhas

De acordo com a gestora de logística reversa de eletroeletrônicos Green Eletron, as pilhas comuns, alcalinas e recarregáveis têm suas aplicações mais indicadas conforme o consumo do aparelho eletroeletrônico. Para aparelhos de baixíssimo consumo, com descargas leves e contínuas, como relógio de parede, pode-se usar pilhas comuns que são as mais baratas.

Já as alcalinas, são um pouco mais caras e segundo alguns fabricantes duram até dez vezes mais que as comuns, sendo indicadas para equipamentos que consomem mais energia como câmeras digitais e brinquedos.

As pilhas recarregáveis são bem adequadas para aqueles equipamentos de alto consumo e uso frequente, como controles de vídeo game, câmeras fotográficas profissionais, que devem manter o equipamento sempre carregado e disponível.

Segue o quadro 2, com um comparativo entre as pilhas para um período de 10 anos. De forma hipotética, se uma família usa 10 pilhas comuns por mês, totalizaria 1200 em 10 anos. Considerando as pilhas alcalinas com uma capacidade 5 vezes maior que as comuns (alguns fabricantes garantem 10 vezes) cairia o uso para 2 pilhas por mês e 240 em 10 anos. Como as pilhas recarregáveis têm capacidade igual ou superior a das alcalinas, podemos considerar o consumo de apenas 2 pilhas num total de 240 ciclos de carga (colocamos 4, para ter sempre 2 previamente carregadas, para troca imediata).


Quadro 2 – Comparativo de gastos e geração de resíduos. Fonte: Fabricantes e lojas.


Conclusão

Pode-se pensar que os valores absolutos, de economia gerada em reais, não sejam tão expressivos. Entretanto, estamos considerando apenas um núcleo familiar. Amplie isso para as famílias de seus irmãos, tios e primos, aí pode-se tornar bem mais expressivo.

O importante é cultivar a prática da sustentabilidade, reduzindo a geração de resíduos e ainda ter o benefício de salvar recursos, diminuindo o seu trabalho de compra e substituições de lâmpadas e pilhas. O dinheiro economizado pode ser usado em outras atividades de seu interesse. Sempre descarte pilhas, baterias (Green Eletron) e lâmpadas (Reciclus) nos locais adequados para que sejam recicladas e não poluam o meio ambiente. Consulte a sua prefeitura.

Como diria Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena. 



Água Segura e Sustentável: Diga Não ao Plástico

  1. Consuma água de forma segura e sustentável Se é possível aliar o prazer de beber uma água pura com a redução do impacto ambiental, po...