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quarta-feira, 3 de abril de 2024

Riscos em Piscinas

 

Prevenção de acidentes em piscinas

 

Um momento de lazer com a família, seja em casa, na casa de amigos, em uma casa alugada, hotéis, clubes ou resorts, sempre é uma experiência maravilhosa. A oportunidade de desfrutar de momentos divertidos e de alegria é algo único. E, sem dúvida, não há nada melhor do que relaxar em uma piscina, aproveitando o sol e a água refrescante.

Responda a uma pergunta: Qual o maior tipo de preocupação que você tem ao ir se divertir com a família em uma piscina?

1. Afogamento.

2. Queda.

3. Sucção de cabelo.

4. Choque elétrico.

5, Outros.

 

É uma questão importante para reflexão: até que ponto um trauma por afogamento pode ser significativo? Muitas vezes, basta uma quantidade relativamente pequena de água para cobrir uma criança, seja em um balde, bacia, máquina de lavar roupas ou até mesmo em um vaso sanitário. Esse tema foi abordado de forma impactante no filme "Ray", que retrata a vida de Ray Charles. Essa reflexão nos faz pensar na importância da segurança e da vigilância em ambientes onde há água, especialmente quando se trata de crianças.

 

Na figura 1 temos uma cena típica de distração, extraída do vídeo muito bem elaborado pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), em conjunto com e a International Life Saving Federation Americas (ILS Americas). A figura retrata a iminência de um acidente, na primeira parte e na segunda parte, apresenta o pai atento ao seu filho, evitando que se aproxime da água. O Ministério da Saúde contabilizou um total de 46.825 óbitos por causas acidentais em crianças de 0 a 9 anos, desde 2000 até o ano de 2021 (BRASIL, 2023). Desse total, 17.289 crianças morreram por afogamento, o que corresponde a 36,9% dos casos.

 


Figura 1. Cuide de suas crianças. Fonte: Adaptado de Sobrasa, (2012)


Ao frequentar piscinas devemos ter uma atenção especial às condições das instalações para que não haja risco de choque elétrico. Existe um material minuciosamente preparado pela Comissão de Segurança de Produtos de Consumo norte-americana, denominada “Consumer Product Safety Commission” (CPSC). Na figura 2 temos os principais pontos de atenção para prevenção ao choque elétrico, que se encontra completa na versão original em inglês (CPSC, 2020).



Figura 2 – Prevenção ao choque elétrico. Fonte: Adaptado de CPSC (2020).



Continuando a análise dos acidentes aquáticos, de acordo com a 11ª edição do Boletim Brasil de 2024 (baseado em dados de 2022) elaborado pelo Dr. David Szpilman da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), observa-se que 15 brasileiros perdem a vida diariamente devido ao afogamento (SOBRASA, 2024). É crucial direcionarmos nossa atenção para as crianças e concentrarmos nossos esforços na busca por medidas que possam reduzir esses números alarmantes:

- A cada 2 dias uma criança morre afogada em casa.

- Crianças com menos de 9 anos, se afogam mais em piscinas e residências.

- O afogamento é a 2ª causa de óbito de crianças entre 1 e 4 anos.

- Crianças que sabem nadar, se afogam mais devido à sucção por bomba em piscinas.

 

Abaixo, destacamos algumas frases inspiradoras contidas no referido Boletm:

- “Para solucionar um problema, devemos primeiro vê-lo, admiti-lo e conhecê-lo.” – Szpilman e Palacios 2017.

- “Afogamento não é acidente, não acontece por acaso, tem prevenção, e esta é a melhor forma de tratamento.” Szpilman, 2005.

- “Qualquer um pode se afogar, ninguém deveria.” Organização Mundial da Saúde

- “Prevenir é salvar. Educar para não se afogar!” Vilela e Szpilman, 2014.


Sempre que pensar em ÁGUAS, pense também como pode proteger o seu filho ou filha. Seguem abaixo cinco ações ou condições que vão reduzir as chances de afogamentos em piscinas, conforme o material “Piscina + Segura”, desenvolvido pela Sobrasa¹ (2012):

 

Atenção – 100% no seu filho.

Guarda-vidas presente.

Urgência – Saiba agir.

Acesso restrito – Cerque a piscina.

Sucção – Use ralos antissucção e meios de interrupção da bomba.

 

Quando desfrutamos de uma piscina em casa ou em outros lugares, é crucial manter o foco em agir de maneira responsável e estar atento aos riscos presentes nesse ambiente. Devemos preservar não apenas nossa própria integridade, mas também a daqueles que dependem de nós. Não é suficiente confiar que nada de errado vai acontecer e simplesmente deixar nossos filhos aos cuidados dos salva-vidas; a responsabilidade última é nossa. Portanto, seja responsável: "Faça a coisa certa".


Referências:

 

BRASIL – MINISTÉRIO DA SAÚDE - Saúde Brasil 2023 - Análise da situação de saúde com enfoque nas crianças brasileiras. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/analise-de-situacao-de-saude/saude-brasil-2023-analise-da-situacao-de-saude-com-enfoque-nas-criancas-brasileiras-versao-preliminar . Acesso em: 02/04/2024.

CPSC - Don't Swim with Shocks: Electrical Safety In and Around Pools, Spas and Hot Tubs – 2020. Disponível em: https://www.cpsc.gov/safety-education/safety-guides/pools-and-spas/dont-swim-shocks-electrical-safety-and-around-pools. Acesso em 02/04/2024.

SOBRASA - Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fFv1NsbooPc. Acesso em: 02/04/2024.

SOBRASA¹ - Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático. Programa Piscina + Segura, 2012. Disponível em  https://sobrasa.org/piscinamaissegura/. Acesso em 03/04/2024.

SOBRASA - Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, 2024. Disponível em: https://sobrasa.org/afogamento-boletim-epidemiologico-no-brasil-ano-2024-ano-base-de-dados-2022/. Acesso em 03/04/2024.





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